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Sinal - Sermão de 10/07/2022

Atualizado: 11 de jul. de 2022


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Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. Gênesis 17:10,11


Introdução


Um dos grandes desafios que a Igreja possui é viver a abundância do evangelho da graça de Cristo e a liberdade que ele proporciona sem com isso ofender a santidade do Criador. Ao longo da história, comunidades cristãs transitaram entre dois extremos perigosos: o do legalismo, que adiciona as obras como forma de justificação perante Deus e a do antonomianismo, que afirma que não existe mais nenhum princípio a ser vivido ou obedecido pelo cristãos, e que eles são livres para viverem como bem entenderem. Ambos os princípios são errados à luz da totalidade da Escritura, ambos devem rejeitados e combatidos por por uma igreja genuinamente bíblica.


Você deve estar se perguntando o que Abrão tem a ver com essa informação introdutória da mensagem. Muito, acredite!


Após receber com clareza as promessas divinas em Gênesis 15, a Escritura afirma que Abrão creu e isso lhe foi imputado para justiça. Isso significa que Deus o declarou justo porque ele creu na promessa de salvação. Agora, em Gênesis 16 e 17, observaremos que o Criador ampliará a percepção de Abrão sobre uma vida de fé ordenando que ele viva de forma digna à essa justiça que recebeu. A justificação era uma obra interior, recebida pela fé, mas os resultados dessa obra deveriam ser manifestados em uma vida de piedade e profunda obediência a Deus e por um sinal exterior que o lembrasse sempre da aliança.


Este é o tema da reflexão de hoje!






Um problema chamado Ismael


A Escritura afirma que dez anos após se estabelecer em Canaã, Abrão, agora com cerca de 86 anos, recebe uma questionável proposta de sua esposa Sarai: como ela era avançada em idade, e não havia dado filhos ao seu esposo, ela lhe oferece sua serva egípcia, Agar, para que ele gerasse filhos através dela. Embora pelos padrões de moralidade atuais esta seja uma ação questionável, no mundo bíblico essa era uma prática corriqueira.


Não sabemos quais as intenções de Sarai nesse ponto da história. Seria buscar uma satisfação familiar, dando filhos ao esposo? Seria uma ajuda para o cumprimento da promessa feita a Abrão? Até esse momento é dificil precisar o que se passava em sua mente. O conselho, contudo, era sobre qualquer perspectiva muito perigoso.


Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai. Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã. Ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos. Gênesis 16:1-4

Contudo, à luz de tudo o que Deus já havia revelado ao coração de Abrão, essa proposta deveria ter sido rapidamente descartada. O Senhor havia prometido uma descendência ao seu servo e esta promessa estava fundamentada no poder sobrenatural do Todo Poderoso. Não era papel de Abrão contar com ajuda tercerizada para obtê-la: quem prometeu é fiel! Infelizmente, Abrão cedeu a Sarai assim como Adão cedeu a Eva. Ambos ultrapassaram os limites estabelecidos por Deus e não confiaram na palavra divina.


Os resultados dessa má decisão trouxeram a vida Ismael, o filho mais velho de Abrão. Nascido à parte da aliança, ele se tornou um problema para o seu pai. Sua índole forte é reconhecida pelo próprio Deus (Gn 16.12). Ele zombava do seu irmão (Gn 21.10) e foi reconhecido no Novo Testamento como uma alegoria para aqueles que confiam em si mesmos para a salvação e que rejeitam a justiça de Deus em Cristo (Gl 4.26).


E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos. Gênesis 16:12

E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava. E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho. Gênesis 21:9,10

Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora. Gálatas 4:29

Como aplicação possível a esse texto, precisamos entender que embora sejamos o povo justificado pela fé, que participa da promessa de salvação, nossos pecados e desobediências não passam desapercebidos para Deus. Abrão precisou conviver por muito tempo com os desafios causados pela chegada de Ismael.


Embora Nosso Pai perdoe nossos pecados, Ele deixa como aprendizado as consequências de nossas faltas para aprendermos a valorizar a vida santa a qual Ele nos propõe viver. Muitas vezes colhemos por anos o fruto amargo de nossos pecados e obstinação de nosso coração. Que Deus nos guarde em Sua presença!


Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear isso também colherá. Gálatas 6:7

O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as consequências. Provérbios 22:3


Um sinal de aliança



A leitura de Gênesis 15 e 17 demonstram os dois estágios na elaboração da aliança de Deus com o Abrão. Primeiro, Deus requer que Abrão confie nEle e receba a promessa de salvação. Essa dádiva imerecida, contudo, deve ser sucedida por uma devoção compromissada. Lembra aquele versículo que afirma que Jesus trouxe a graça e verdade (Jo 1.17)? Sim, elas andam juntas desde o princípio.


O fato de Gênesis 16 estar entre esses dois capítulos faz muito sentido quando lemos Gn 17.1. Treze anos haviam se passado desde que Abrão havia falhado em sua confiança em Deus. Esse longo hiato pode ter sido uma disciplina divina? Um teste de fé? Um tempo para a maturidade espiritual? A eternidade nos revelará. Mas agora Deus exige que Abrão assuma com um maior compromisso a responsabilidade por trás da benção que recebeu. Um homem justificado não poderia viver sem almejar honrar o Deus que o salvou!


Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. Gênesis 17:1

A resposta de Abrão à voz de Deus é tocante. Diferente de Adão, que é procurado pelo Criador e não se responsabiliza pelo pecado que cometeu, Abrão se prosta em humilhação, uma atitude de alguém que está sendo moldado pelo Eterno.


Abrão prostrou-se, rosto em terra, e Deus lhe disse, Gênesis 17:3

As palavras da promessa envolviam uma descendência numerosa para Abrão (Gn 17.2), que fariam dele pai de muitas nações (Gn 17.4) e que até mesmo reis estariam entre os seus descendentes (Gn 17.6), sendo que o próprio Deus assume a responsabilidade de ser o Senhor de sua descendência (Gn 17.7). Abrão recebe um novo nome, que o posiciona com mais clareza em sua vocação. O agora chamado "Abraão" deveria receber um sinal de sua participação nessa aliança.


"De sua parte", disse Deus a Abraão, "guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes. Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Gênesis 17:9-11


Esta marca na carne fazia sentido para 'exemplificar' a vida vocacional que Abrão e seus descendentes deveriam viver. A circuncisão era a remoção do excesso de pele do prepúcio masculino, um corte feito naquilo que o homem considera a sua maior glória.


O sentido dessa marca lembrava cada membro da aliança de algumas verdades, que enumero:


  • A vida de fé é sacrificial. A fé que justifica sempre deve estar acompanhadas de obras que glorificam a Deus e que muitas vezes "machucarão" nosso ego e orgulho. Quem anda com Deus deve objetivar a perfeição e lutar por ela. Vivemos dias em que os cristãos querem um cristianismo sem cruz, uma adoração a Deus sem sacrifícios e comunhão com o Espírito sem leitura bíblica e oração. O cristianismo não é uma religião para deixar a gente confortável, é uma fé para mortificar nossa carne e o pecado que tenta nos governar.

  • A glória do homem deve ser ferida para que este seja capaz de render glórias a Deus. Nós, cristãos reformados, rejeitamos a participação do homem na mecânica de salvação porque isto sempre dividirá a glória entre o homem e o Criador. Ao se revelar a Abrão, Ele afirmou ser o Todo Poderoso, o que significa que Ele não precisa de ninguém para cumprir seus propósitos soberanos. Deus salva os homens que Ele escolheu e garante a salvação deles do princípio ao fim. A glória da salvação pertemce somente a Ele!

  • Toda aliança bíblica tem uma marca de sangue! Lembre-se do animal sacrificado no jardim do Éden, a oferta cruenta de Abel, o sacrifício feito por Noé ao sair da arca, o pacto firmado com Abrão e agora a circuncisão. Toda aliança de Deus com os homens sempre envolverá sangue derramado!


Rejeitar esse sinal de aliança significaria, a partir desse ponto, rejeitar a própria aliança com Deus. Era um importante aprendizado dado a um homem que treze anos antes tentou fazer religião e cumprir o propósito divino do seu próprio jeito.


A religião de Deus deve ser divinamente ordenada. Não se pode servir ao Senhor à parte da Escritura. Não existe "religião ao gosto do freguês". Ou seguimos a revelação bíblica ou estaremos prestando culto a demônios e servindo ao próprio ventre.


Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha aliança". Gênesis 17:12-14

O rito da circuncisão fez parte do povo judeu desde então. O próprio Jesus foi circuncidado ao oitavo dia, em obediência à instrução deixada pelo Senhor. Até os dias hodiernos, aqueles que são criados na religião judaica praticam a circuncisão procurando cumprir as instruções que foram deixadas aos descendentes de Abraão.


Completando-se os oito dias para a circuncisão do menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ele nascer. Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor. Lucas 2:21,22



A circuncisão de Cristo



O fato é que Deus sempre alertou o seu povo que um simples sinal na carne não representava a sua aprovação incondicional. Muitos judeus se orgulhavam de serem circuncidados, de possuírem o sinal da aliança, sem contudo terem fé genuína em Deus, para a sua justificação. Pelo ministério dos profetas, o Senhor alertava o povo para não confiar em ritos que não representassem a realidade da conversão do coração. A circuncisão na carne deveria ser um sinal da circuncisão do coração e nunca o contrário. Vejamos alguns exemplos:


Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor , teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor , teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem? Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor , teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão somente o Senhor se afeiçoou a teus pais para os amar; a vós outros, descendentes deles, escolheu de todos os povos, como hoje se vê. Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz. Deuteronômio 10:12-16


Paulo reconhecia essa verdade, alertando os judeus do seu tempo de que confiar na circuncisão era uma tolice tendo em vista o vasto testemunho da Escritura de que o Senhor esperava fé genuína e devoção verdadeira do seu povo.


Pois ser judeu exteriormente ou ser circuncidado não torna ninguém judeu de fato. Judeu verdadeiro é quem o é no íntimo, e circuncisão verdadeira é a do coração, feita pelo Espírito, e não pela letra da lei, recebendo assim a aprovação de Deus, e não das pessoas. Romanos 2:28,29

Isso deve servir para nós como um profundo alerta. Infelizmente, somos uma geração de cristãos que não confiam verdadeiramente em Deus, mas que repousam sua segurança nas instituições.


Acreditamos que tudo está bem por fazermos parte de uma igreja local, por termos sido batizados em águas, por ouvirmos bons sermãos, termos uma credencial de membro e darmos nossas contribuições na igreja.


Esses atos exteriores só tem valor quando refletem uma realidade interior. O religioso que faz as coisas certas sem ter o coração circuncidado pelo Espírito irá para o mesmo inferno que ímpios que não praticam religião alguma. Se o nosso coração não tiver sido circuncidado pelo Espírito, nossa religião é vã, não importa o quão bela ela seja!


Mas, quem são esses que foram circuncidados pelo Espírito? São homens e mulheres que foram feridos por Deus mediante a Sua Palavra. O cutelo da lei de Deus deve deixar escancarado nossa condição pecaminosa. Você já foi ferido por esse cutelo? A palavra já te fez entender que você é um miserável pecador, incapaz de cumprir a lei de Deus? Vamos examinar a lâmina da lei, expressa nos dez mandamentos.


  • Você ama a Deus sobre todas as coisas? O tempo todo?

  • Algum ídolo disputa seu coração com Deus?

  • Você nunca desenrou o nome de Deus com suas atitudes?

  • Você respeita o Dia do Senhor e o utiliza pra prestar culto?

  • Você honra seu pai e mãe, o tempo todo?

  • Você nunca sentiu ódio de ninguém?

  • Você nunca roubou a alegria de alguém?

  • Você nunca desejou de forma imprópria uma pessoa?

  • Você nunca mentiu?

  • Você nunca foi invejoso ou ciumento?


Se você já cometeu algum desses pecados, você precisa entender que a santidade de Deus exige reparação. E não tente facilitar as coisas para o seu lado, com as velhas desculpas que sempre damos: "Deus conhece nossa fraqueza", "Deus entende". Não, Ele não entende. Todo pecado exige reparação! Ele disse isso na Escritura.


Pois todos me pertencem, tanto pais como filhos. Aquele que pecar é que morrerá. Ezequiel 18:4

Pois quem obedece a todas as leis, exceto uma, torna-se culpado de desobedecer a todas as outras. Tiago 2:10

Então querido irmão, diante do exposto, você precisa escolher se permanecerá fazendo de conta que não tem pecado, que está tudo bem com você ou se reconhecerá sua condição e correrá para aquEle que pode lhe perdoar!


Você vai continuar achando que pode escolher a Deus como se Ele fosse um produto de prateleira de supermercado ou irá cair de joelhos e pedir desesperadamente pelo seu perdão?


Quando sentimos o peso de nossos pecados e buscamos em Deus a sua misericórdia, Ele aplica em nós a vitória de Cristo na cruz! A nossa vida de pecados é tirada e a vida perfeita de Cristo é imputada a nós! Desse modo, nós, que adoramos a Deus por meio do Espírito, somos a verdadeira circuncisão!


Pois nós, que adoramos por meio do Espírito de Deus, somos os verdadeiros circuncidados. Alegramo-nos no que Cristo Jesus fez por nós. Não colocamos nenhuma confiança nos esforços humanos, Filipenses 3:3

Por isso, todos aqueles que são convencidos pelo Espírito à respeito do pecado e crêem em Cristo para a salvação são "feridos" de forma sobrenatural, sem mão humana, para que o coração endurecido pelo pecado se torne um coração crente, que pulsa para a glória de Deus. E da mesma forma que a circuncisão foi um sinal da antiga aliança, aqueles que receberam a circuncisão espiritual no coração também obedecem a Deus com um sinal exterior, que é o batismo em águas, uma confissão pública de que nós participamos da Nova Aliança pelo sangue de Jesus!


Em Cristo vocês foram circuncidados, mas não por uma operação física, e sim espiritual, na qual foi removido o domínio de sua natureza humana. No batismo, vocês foram sepultados com Cristo e, com ele, foram ressuscitados para a nova vida por meio da fé no grande poder de Deus, que ressuscitou Cristo dos mortos. Colossenses 2:11,12


Jesus lhes disse: "Vão ao mundo inteiro e anunciem as boas-novas a todos. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem se recusar a crer será condenado. Marcos 16:15,16


Cristo, o Ferido de Deus



Como vimos, o sinal da aliança de Deus com os homens sempre foi demonstrado com uma ferida que fazia sangrar. Na antiga aliança, mediante a circuncisão e na nova, mediante um coração ferido pela palavra de Deus. Para podermos receber as bençãos dessa nova aliança, Cristo, Nosso Senhor, também foi ferido pelo cutelo de Deus. O próprio profeta Isaías o chama de "ferido de Deus" na profecia de Isaías 53.


Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados. Isaías 53:5


Para que eu e você pudéssemos receber o perdão dos pecados e a justificação, o cutelo da ira de Deus foi derramado sobre Cristo. Todo o santo ódio de Deus contra o pecado foi aplicado no Salvador. Naquelas seis horas agonizantes na cruz, Ele recebeu o castigo que seria derramado na vida de cada um dos eleitos do Senhor.


Essa é uma troca surpreendente! Ele ferido, para sermos sarados. Ele condenado, para sermos justificados. Ele recebendo a ira de Deus, para recebermos a paz que excede todo o entendimento. Toda aliança de Deus com os homens é selada com sangue, e pelo sangue de Cristo, eu e você podemos ser perdoados de nossos pecados para obtermos livre acesso à santa presença de Deus. A certeza que temos de que o sangue de Jesus Cristo é a Nova Aliança de Deus com o seu povo se comprova através de sua triunfal ressurreição! Ao vencer a morte, Jesus chancela a Sua promessa e garante vida eterna para todo aquele que nele crer!


Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura. Hebreus 10:19-22


Conclusão


Assim como a circuncisão era um sinal de aliança no Velho Testamento, a circuncisão do coração é o sinal da aliança no Novo Testamento. Assim como Abraão, que circuncidou todos de sua casa, a fim de obedecer a ordem de Deus, todos aqueles que foram eficazmente salvos pelo Senhor devem esforçar-se para viver uma vida transformada, cheia de obras de amor que demonstram que o seu coração, de fato, foi ferido e transformado por Cristo, e devem batizar-se em águas, confessando publicamente sua morte para o mundo e a sua nova vida em Cristo.



Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: "O Senhor conhece os que lhe pertencem." E mais: "Afaste-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor." 2 Timóteo 2:19


Se você não conhece ainda a Cristo, ou se você é um crente que tem estado apático, alheio à tudo o que Deus fez por intermédio de Cristo, que não sente vontade de congregar, de estar com os irmãos, de orar, de aprender mais de Deus, eu lhe peço que caia de joelhos e se arrependa dos seus pecados. A salvação nos atrai para a vida do Reino e para os filhos do Reino e nos afasta do pecado que tão de perto nos rodeia.


Não confie na sua religiosidade, ela não pode te salvar! Apegue-se firmemente a verdade do evangelho, clame a Deus pelo seu perdão, abandone sua confiança em suas obras e confie somente no sangue de Jesus Cristo!


Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Porque, se a palavra falada por meio de anjos se tornou firme, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se não levarmos a sério tão grande salvação? Esta, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, depois nos foi confirmada pelos que a ouviram. Hebreus 2:1-3

Que o nosso coração seja convertido e circuncidado pelo Senhor! Que este sinal da aliança esteja vividamente representado em nossas vidas, para a glória de Deus!


Que Ele nos abençoe!


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Pastor Sérgio Fernandes

Pastor Titular da IPR

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