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A Mulher Flagrada em Adultério - Sermão de 03/08/2025

Atualizado: 3 de ago.


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Visto que continuavam a interrogá‑lo, ele se levantou e disse:— Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela. Ele inclinou‑se novamente e continuou escrevendo no chão. João 8.7,8


INTRODUÇÃO


Apesar de vivermos em um contexto mundial onde a fé e os valores cristãos já não recebam tanta atenção no debate público, muitos ensinamentos de Jesus continuam exercendo influência na cosmovisão das pessoas, mesmo sem elas perceberem.


Por exemplo, em um momento de confronto ético e moral com alguém que tenha falhado com você, há o risco de essa pessoa recorrer a um versículo bíblico para se esquivar da responsabilidade de resolver a situação:


— "Aquele que não tem pecado, atire a primeira pedra", ela dirá.


A questão é que essas palavras de Jesus não tinham essa finalidade no momento em que foram proferidas. Por isso, o que dizemos (e também o que não dizemos) deve ser feito com muito cuidado.


Silêncio e voz são mensagens!


Na reflexão de hoje, falaremos sobre o perdão de Jesus dado à uma mulher flagrada em adultério.


Esse é um dos textos mais queridos do evangelho e também um dos mais complexos dentro do cânon bíblico


Acredito que esse ensino trará ao seu coração uma porção generosa da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo!





Um texto controverso


Com a responsabilidade que carrego como pastor e como teólogo, não posso ministrar essa passagem bíblica sem explorar o debate em torno dela nos primeiros séculos da igreja cristã.


Entre os manuscritos mais antigos que temos do Novo Testamento (como o Papiro 66), alguns não possuem esse episódio.


Já outros, o posicionam em locais diferentes no evangelho de João (alguns, no final do evangelho) e, ainda outros, contam essa história no evangelho de Lucas.


A maioria dos eruditos textuais modernos concorda que o texto não foi originalmente escrito por João, mas foi uma tradição verdadeira preservada oralmente e posteriormente inserida em seu evangelho.


Jerônimo e Agostinho, importantes pais da igreja, defenderam com veemência sua autoridade e inspiração, considerando-o inspirado e útil para nossa edificação.


Sendo assim, a Igreja, guiada pela providência de Deus, ao longo dos séculos, recebeu e preservou a passagem como parte legítima do cânon bíblico, por ser uma história que reflete perfeitamente a graça e autoridade de Cristo, mesmo que sua origem possa ser litúrgica ou oral.


Eu sou grato a Deus por termos esse texto disponível para nossa instrução e o considero, como os demais das Escrituras, como sendo a "palavra de Deus".



O Contexto da Passagem


Os eventos dessa história bíblica aconteceram, pela cronologia do evangelho segundo João, durante a Festa dos Tabernáculos, também conhecida como festa das cabanas.


Mas, ao se aproximar a festa judaica das Cabanas, João 7.2

Nessa celebração, também conhecida como Sukkôt, os israelitas habitavam em tendas para celebrar a fidelidade e a misericórdia de Deus durante o tempo de sua peregrinação no deserto.



Durante sete dias, eles reconheciam:

  • a graça de sua libertação,

  • o cuidado divino e,

  • a Sua misericórdia os acompanhando de uma forma extraordinária.



O Sukkôt foi instituído em Lv 23.33-43


Habitem em cabanas durante sete dias; todos os israelitas de nascimento habitarão em cabanas para que os descendentes de vocês saibam que eu fiz os israelitas habitarem em cabanas quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”. Lv 23.42,43

e foi repetido em Dt 16.13-15.


― Celebrem também a Festa das Cabanas durante sete dias, depois que ajuntarem o produto da eira e do lagar. Alegrem‑se nessa festa com os seus filhos e as suas filhas, os seus servos e as suas servas, os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem nas suas cidades. Durante sete dias, celebrem a festa, dedicada ao Senhor, o seu Deus, no local que o Senhor escolher, pois o Senhor, o seu Deus, os abençoará em toda a sua colheita e em todo o trabalho das suas mãos, e a alegria de vocês será completa. Dt 16.13-15

Foi no último dia dessa festa que Jesus proferiu um importante discurso, onde apresentou-se como sendo a água da vida, que saciaria a sede dos que cressem nele.


Um tema oportuno quem celebrava a peregrinação do povo no deserto.


No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou‑se e disse em alta voz: ― Se alguém tem sede, venha a mim e beba. João 7.37

Seguindo pela cronologia de João, foi após apresentar-se como a água da vida que aconteceu o episódio com a mulher flagrada em adultério. Havia milhares de peregrinos na cidade e com eles, uma oportunidade dos escribas e fariseus tentarem derrubar a popularidade de Jesus entre as pessoas.


...


É importante falarmos que a Igreja não celebra o Sukkôt, que é uma festa judaica.


Para nós, cristãos, o Sukkôt cumpre-se em Cristo, uma vez que Ele nos acompanha no deserto da vida, ao longo de nossa peregrinação, saciando-nos com vida eterna.


  • Ele é o nosso guia e nosso refúgio;

  • Nossa água e nossa luz;

  • Ele é o caminho para entrarmos na Terra prometida!



....



UM MOMENTO DE TENSÃO


Após os eventos narrados em João 7, as Escrituras afirmam que Jesus foi ao Monte das Oliveiras. Essa foi uma estratégia utilizada por Cristo em todo o seu ministério: recolher-se à parte, certamente para orar, desconectando-se das coisas terrenas e conectando-se com o Pai Celestial.


Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras. Ao amanhecer, ele apareceu novamente no templo. Todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se sentou para ensiná‑lo. João 8.1,2

Uma estratégia muito boa para nós cristãos, mas que está esquecida!


Você deveria investir na oração: Ela alinha nosso coração com o céu e nos capacita a administrar as tensões por uma perspectiva divina.


Fale com quem resolve!


Jesus preparou-se para o ensino e para o confronto ministerial que viria com oração.

A oração auxilia cada aspecto da vida humana. Ore, ore, ore!


...


Os mestres da lei e os fariseus trouxeram‑lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram‑na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: — Mestre, esta mulher foi surpreendida no ato de adultério. Na lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E, você, o que tem a dizer? João 8.3-5


Uma vez que o Sukkôt falava de desertos, a história acima mostra inúmeros desertos combinados:


  • Um embate entre o Santo Deus e o coração pecaminoso dos homens

  • O pecado atuando como um falso deus tirano que governa o coração e os desejos humanos

  • A falsa religiosidade que mata ao invés de redimir


Jesus não retirou-se para orar sem razão.

Como Deus, Ele já sabia do embate que viria. E como homem, precisava de graça para enfrentá-lo.


...


Mas, vamos retomar o episódio em questão. Alguns fatos importantes devem ser destacados:


A Lei Mosaica tratava o casamento no mais alto grau de sacralidade.

E toda a lei demonstrou que a santidade de Deus não compactua com pecado algum.

O adultério, como um rompimento da aliança firmada entre o casal com Deus, era tratado como um pecado gravíssimo, que exigia execução.


“Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem, com a mulher do seu próximo, tanto o adúltero quanto a adúltera terão que ser executados. Lv 20.10

Esse elemento é importante na narrativa. A lei exigia a execução do casal, mas apenas a mulher foi levada a Jesus. Onde estava o seu parceiro, adúltero como ela?


A resposta pode ser dada no próximo verso do texto base.


Eles estavam usando essa pergunta para testá‑lo, a fim de terem fundamento para acusá‑lo. Jesus, porém, inclinou‑se e começou a escrever no chão com o dedo. João 8.5

Não havia aqui uma questão meramente religiosa sendo tratada ou um desprestígio à figura feminina. Havia um complô para acusar Jesus com peças estrategicamente posicionadas.


E a armadilha havia sido bem elaborada.



  • Se Jesus consentisse na execução da mulher, ele estaria agindo de forma contrária a legislação romana vigente, que era a única autoridade que poderia executar ou não alguém em seus domínios (Jo 18.31).


  • Se Ele contrariasse a execução, estaria indo contra a Lei de Moisés, que permitia esse tratamento pela gravidade do adultério.



Não era sobre respeito à santidade divina.

Não era sobre ética, moral e bons costumes.

O episódio envolvia a banalização da vida humana e da fé em Deus e a manutenção do sistema religioso.


...


Jesus, o Deus Encarnado, contudo, não se dobrou à tensão do momento. Diante do impasse, Ele se inclinou e começou a escrever no chão com os dedos.


O silêncio era uma dura resposta para a audiência. Lembrem-se disso meus irmãos, silêncio é resposta!


...


Nessa era conectada, onde todos querem ter voz, a Igreja pode aprender com o Mestre e apropriar-se da estratégia do silêncio pontual. Em inúmeros momentos, nosso silêncio pode ser uma resposta espiritual humilde diante das complexas tramas da existência humana.


Esteja em silêncio para orar, para não reagir, para evitar contendas, para refletir, para preparar-se espiritualmente, para abrandar o furor das vozes humanas, para ouvir melhor a voz do céu que te direciona nos momentos de tensão.


A Bíblia, nos livros de sabedoria, recomenda com louvor a disciplina do silêncio.


"...tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar." Ec 3.7

"Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente." Pv 10.19

Jesus estava praticando a sabedoria da Lei de Deus, a mesma Lei que os acusadores estavam utilizando para tentar desacreditá-lo em seu ministério.


Você não precisa falar sempre.

Silêncio também é resposta.



DEDOS NA AREIA, GRAÇA NO CORAÇÃO


Uma curiosidade do texto em estudo é que aqui vemos Jesus, Nosso Senhor, escrevendo no chão. Não há nos evangelhos nenhuma outra menção de uma escrita de nosso Mestre.


O que foi escrito, contudo, apagou-se ao vento.

Até Jesus sabia que nem tudo precisa ser eternizado.


Ao longo da história, os pais da igreja e inúmeros comentaristas bíblicos refletem sobre o que Cristo teria escrito. Se a Bíblia afirma que ele fez isso, a curiosidade do leitor seria natural.


Há dois textos bíblicos que podem ser alusivos a esse gesto de Jesus.


O primeiro, em Ex 31.18,


Quando o Senhor terminou de falar com Moisés no monte Sinai, deu‑lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus. Ex 31.18

Aqui, Jesus poderia estar assumindo a sua identidade divina, ao igualar-se ao Pai como aquele que escreve a lei com os próprios dedos. Uma resposta hábil para os Mestres da Lei ali presentes, onde Ele diria: "vocês tentam me derrubar com a Lei, mas Eu Sou aquele que a escreveu com os próprios dedos"!


...


O outro, Jr 17.13, onde Deus se apresenta como a fonte de águas vivas, tema que o próprio Jesus utilizou durante a festa para chamar os pecadores para beberem dEle.


Ó Senhor, Esperança de Israel, todos os que te abandonarem sofrerão vergonha; aqueles que se desviarem de ti terão o seu nome escrito no pó da terra, pois abandonaram o Senhor, a fonte de água vivas”, Jr 17.13

Pais da igreja como Ambrósio e Agostinho sugeriram que Jesus tinha escrito essa passagem na ocasião. Faria sentido, afinal, cada personagem ali em torno do Salvador havia de alguma forma se desviado e abandonado a Deus.


...


Nesta ocasião, perceba que os acusadores tinham apenas um pecado em vista: o da mulher. Jesus, o próprio Deus encarnado, via todos os pecados, tanto da adúltera quanto dos religiosos.


Jesus sonda os corações! Nada está oculto ao seus olhos!


E na resolução do impasse, após um pequeno tempo de silêncio, Jesus se ergue e libera a sua célebre afirmação:



Visto que continuavam a interrogá‑lo, ele se levantou e disse: — Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela. Ele inclinou‑se novamente e continuou escrevendo no chão. João 8.7,8


Jesus, de forma intrigante, eleva o nível do tribunal, deslocando o problema para o coração humano.


A questão ali não era a Lei de Moisés e não era Roma, era o pecado em todos aqueles corações.


A mulher era pecadora, os religiosos também.

Todos precisavam da graça de Jesus.


Jesus então confronta a hipocrisia daqueles homens e os desafia a um autoexame honesto e autêntico.


Afinal, a Lei aplicava-se para todos.


O termo utilizado por Jesus para a expressão "sem pecado" vem do grego anamartētos, que indicaria pureza espiritual e moral absoluta.


Nenhum deles atendia essa condição.

Apenas Jesus Cristo Era e É sem pecado.


...


Jesus então simplesmente se abaixa novamente e volta a escrever na areia. Qual era o propósito do novo silêncio? Desafiar a consciência dos ouvintes.


Os que o ouviram, acusados pela consciência, foram saindo, um de cada vez, começando pelos mais velhos, até que Jesus ficou só com a mulher que estava diante dele. João 8.9

A consciência daqueles homens, ferida pela palavra de Jesus, levou-os a decisão de desistir do apedrejamento.


Infelizmente, foi uma decisão incompleta: eles poderiam ter se rendido a Cristo, mas preferiram seguir suas vidas no velho sistema religioso que mata e não pode salvar.


Eles representam a geração que ouve, mas nunca aprende! Que é repreendida, mas não se arrepende.

Que prefere viver "do seu jeito" a submeter-se a Cristo, o Salvador.

Mas o evangelho sempre exige uma resposta radical.


...


O texto termina de forma redentora, mostrando o verdadeiro efeito da graça de Deus em um coração verdadeiramente perdoado.


Os acusadores da mulher foram embora.

Mas ela não foi. Ela não queria fugir da realidade da própria culpa, ela queria ser redimida.

Ela não precisava de outra aventura sexual, ela queria perdão e transformação!


Então, Jesus pôs‑se em pé e perguntou‑lhe: — Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? — Ninguém, Senhor — disse ela. Jesus declarou: — Eu também não a condeno. Vá e, de agora em diante, abandone a sua vida de pecado. Jo 8.10,11

Que paradoxo... a mulher pecadora, embora estivesse enfrentando o pior deserto de sua vida, seria contada como uma das vidas que foram perdoadas por Cristo...


Jesus não a definiu pelo seu pior momento, mas olhou para ela com olhar de redenção!


Graças a Jesus, foi Sukkôt na vida daquela mulher: Ela passou pelo deserto, encontrou a misericórdia de Cristo e sobreviveu!


...


Isso é a graça soberana! Os seus acusadores a trouxeram a Jesus e isso foi a coisa mais maravilhosa que lhe poderia acontecer! Na na presença de Jesus, todos os nossos acusadores são silenciados. Nossos piores momentos são redimidos!


Em Cristo, há uma completa redenção!


Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque, em Cristo Jesus, a lei do Espírito da vida libertou você da lei do pecado e da morte. Romanos 8.1,2

Quando Deus decide salvar um pecador, Ele o atrairá à presença de Cristo!

Aqueles que Deus elegeu e predestinou irão a Cristo, de um jeito ou de outro.


Por isso, abrigue-se nessa manhã na Graça que pode salvá-lo!

E a graça é Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador!


...



duas PALAVRAS DE GRAÇA DE JESUS ao nosso coração


Na conclusão desse sermão, as palavras de Jesus à mulher não devem ser ignoradas: elas dão o tom necessário para uma correta interpretação do texto e servem também como palavras de graça ao nosso coração.


A primeira expressão: "eu não te condeno" é a essência do evangelho. É graça soberana!

A mulher, pecadora, merecia morrer.

Mas Cristo não a mata, Ele morre por ela!


Ele assume o lugar dos culpados que receberão a misericórdia de Deus e enfrenta a cruz por cada um deles! Ele é julgado como um pecador para declarar justos pecadores que, arrependidos, crêem em Seu nome.


Você pode ser um adúltero ou uma pessoa fiel...

Religioso ou ladrão; Branco ou Preto, Homem ou Mulher, Rico ou Pobre...

Você precisa do mesmo Jesus, da mesma cruz, da mesma salvação!


pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, Rm 3.23

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, o nosso Senhor. Rm 6.23

Qualquer pessoa daquela multidão poderia participar dessa graça, mas ela estendeu-se à figura mais improvável, uma mulher adúltera, para que eu você reconheçamos a soberania de Deus na salvação e o poder da redenção que há em Cristo Jesus.


Se aquela mulher pôde receber a graça, você pode também!

Abandone as ilusões do pecado! Sua autossuficiência! Suas vãs tentativas de acalmar a sua consciência a respeito do seu desleixo para com Deus! Não há salvação à parte de Cristo e sem nos convertermos a Ele, jamais chegaremos a Deus!


...


E, como Igreja, nunca nos esqueçamos da graça que nos salvou e sempre olhemos para as pessoas com olhar de redenção e não de condenação. Nossa fé não se estende somente aos nossos pecadores favoritos, mas a qualquer pecador arrependido que buscar salvação na graça de Nosso Senhor Jesus.


Nesse episódio era a mulher adúltera. Poderia ser a dona de casa ou o marceneiro do bairro. O técnico de TI ou a menina com desejos inadequados. Poderia ser o empresário bem sucedido ou o religioso viciado em pornografia. Todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus. Há perdão para todos que se arrependem e vêm para Cristo!


Jesus respondeu: ― Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. João 14.6

...


Mas é importante pontuar, também, que Jesus não é leniente com o pecado. Isso seria um ultraje à sua natureza santa. Por isso, Ele disse à mulher: "vai e não peques mais".


Vou repetir: "vai e não peques mais".


Mais uma vez, é importante: "vai e não peques mais".


...


A mídia, a cultura, a ideologias diversas desse mundo tem tentado a todo custo normalizar o pecado, mas a santidade de Deus não se dobra à pressão cultural.


A Bíblia é o parâmetro que seguimos como povo de Deus. O povo de Deus é o povo da Bíblia.

E ela nos ensina algumas verdades:


A Graça que perdoa é a mesma Graça que transforma!

Se não está acontecendo transformação em sua vida, não houve perdão e salvação!


Pois a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos instrui a renunciar à impiedade, aos desejos mundanos e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Tito 2.11-13

A graça de Jesus é, biblicamente, o ponto de partida, não uma fuga segura para o pecado! A graça torna a verdade de Deus suportável para eu seja capaz de obedecê-la!


Que diremos então? Continuaremos no pecado para que a graça transborde? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como ainda viveremos nele? Romanos 6.1,2

A graça de Jesus é poder de Deus para nossa salvação! A ressurreição de Jesus dentre os mortos garante não apenas a nossa justificação, mas o poder necessário para caminharmos em liberdade e cheios de vida no coração!


Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro, do judeu e, depois, do grego. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”. Romanos 1.16,17

...


A maior tragédia que podemos viver, como discípulos e como igreja, é a de sermos cristãos que não experimentam em suas vidas o poder da santificação.


Pela graça, por amor a Jesus, somos chamados diariamente a mortificar nossos desejos impuros e vivermos uma vida agradável a Deus. Em nossa vida, o pecado deve ser uma tragédia pontual e não o enredo da nossa história. A Bíblia não está brincando quando afirma:


Busquem a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12,14

Lembrem-se: só foi justificado quem está sendo santificado!

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!


...


A história termina com a mulher, perdoada por Cristo, o chamando de "Senhor"...


Esse é o nobre efeito do evangelho em nosso coração!

Perdoados pelo Crucificado, nós passamos a viver para Ele, submetendo toda nossa vida ao Seu senhorio e deixando que Ele cuide de nossos passos durante o deserto que é a nossa peregrinação.


Há perdão em Jesus para você!


Com Ele, a peregrinação pelo deserto da existência é mais leve!

A vida faz mais sentido! O destino eterno é certo e garantido!

E a presença dEle é contínua!


Que Cristo, Nosso Sukkôt,

nos abençoe nessa manhã

com misericórdia e amor!



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Pastor Sérgio Fernandes

Pastor Titular da IPR

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