As Três PARÁBOLAS - Sermão de 07/09/2025
- Pastor Sérgio Fernandes

- 6 de set.
- 13 min de leitura
Atualizado: 8 de set.

Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Lc 15.1,2
INTRODUÇÃO
O capítulo 15 de Lucas começa com uma cena que parece simples, mas que revela muito sobre o coração de Deus. Os escribas e fariseus olhavam para Jesus e murmuravam porque Ele recebia pecadores e comia com eles.
Para aqueles líderes religiosos, o Messias deveria afastar os pecadores, não acolhê-los.
Jesus tinha uma inteligência emocional inspiradora. Ele ouviu a crítica e, em resposta, contou três parábolas que revelam o verdadeiro propósito de sua vinda:
Ele veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10).
Para quem ouviu o sermão da semana passada, Jesus prossegue com o mesmo tema, revelando-se como o Pastor Ideal, em contraste com a indiferença dos líderes religiosos do seu tempo.
Enquanto eles se preocupavam em manter sua reputação e afastar quem não consideravam digno, Jesus mostrava que o coração de Deus se inclina justamente para aqueles que se perderam.
Jesus não veio fundar uma agência de moralização,
mas um movimento de misericórdia.
E é exatamente isso que precisamos recuperar em nosso discipulado. Quando a Igreja perde o senso de que a missão principal é buscar os perdidos, ela deixa de ser o corpo vivo de Cristo e passa a ser apenas mais uma instituição humana.
Por isso, hoje vamos meditar nas três histórias que Jesus contou em resposta a crítica que recebeu. São elas:
a ovelha perdida,
a moeda perdida
os filhos perdidos.
Em cada uma delas, há um aspecto do que significa estar longe de Deus e uma revelação do coração do Pai que busca, perdoa e abraça.
Tradicionalmente contamos essas histórias individualmente. Hoje, vamos costurar as três e desvendar o espírito da graça de Cristo que flui através delas.
A primeira história
Jesus começa sua resposta com uma história simples: um pastor que tem cem ovelhas e perde uma delas. Ele deixa as noventa e nove juntas e sai à procura daquela que se perdeu até encontrá-la. Quando a acha, coloca-a nos ombros e volta para casa cheio de alegria.
Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Lc 15.3-7
A primeira coisa que observo aqui é que a ovelha perdida sabe que está longe. Ela sente o frio, a solidão, a ameaça dos lobos e a ausência da proteção do pastor.
Mas, ao mesmo tempo, ela não sabe o caminho de volta.
...
Na figura da ovelha, Jesus está contando uma das realidades por trás da vida humana.
Essa ovelha traz em si a imagem do homem pecador que reconhece a sua culpa, que sente o peso de seus erros, mas que não consegue, por si só, se aproximar de Deus.
O profeta Isaías declarou essa verdade quando profetizou a respeito do Servo Sofredor que levaria nossos pecados.
Todos nós nos desviamos como ovelhas; deixamos os caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E, no entanto, o Senhor fez cair sobre ele os pecados de todos nós. Is 53.6
E aqui está a beleza do evangelho: é o Bom Pastor quem vai ao encontro da ovelha.
“Pois assim diz o Senhor Soberano: Eu mesmo procurarei minhas ovelhas e as encontrarei". Ez 34.11
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor sacrifica sua vida pelas ovelhas". Jo 10.11
É Ele quem busca, quem encontra e quem carrega a ovelha de volta.
O rebanho não aumenta por mérito da ovelha, mas pela graça do Pastor.
Todos os elementos da parábola remetem ao fato de que todo o esforço para salvar e restaurar uma ovelha parte da graça do Bom Pastor Jesus.
Ele sai em busca da ovelha: aqui nós vemos a iniciativa amorosa de Deus de buscar o perdido, sem a qual, nenhuma ovelha seria salva.
Ele procura a ovelha até encontrá-la: um vislumbre da doutrina da predestinação, que mostra que o plano de Deus de salvar os perdidos será consumado, sem erros e sem percas.
Ele carrega a ovelha nos ombros: mostrando que a obra de salvação recai nos méritos de Cristo e não no esforço pessoal da ovelha.
Ele reúne a centésima ovelha às outras 99: mostrando que o lugar da ovelha é na comunhão das outras que já foram salvas. Lugar de crente é na comunidade cristã.
...
Essa parábola também ensina sobre o tipo de discipulado que devemos viver para caminharmos nas mesmas pisadas do Pastor Crucificado.
Como seguidores de Jesus, não podemos olhar para os perdidos como um peso, mas como alvos da misericórdia de Deus.
O discipulado não é sobre moldar pessoas perfeitas, mas sobre ajudar feridos a reencontrarem o caminho nos ombros do Pastor.
Ajudem a levar os fardos uns dos outros e obedeçam, desse modo, à lei de Cristo. Se vocês se consideram importantes demais para ajudar os outros, estão apenas enganando a si mesmos. Gl 6.2,3
Nossa tarefa não é condenar a ovelha perdida, mas celebrar quando ela é encontrada.
E também participar, com Cristo, da busca incansável das ovelhas que ainda estão fora do seu aprisco.
E há um detalhe poderoso nessa parábola:
Jesus disse que há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove que não precisam de arrependimento. O Bom Pastor é celebrado por cada ovelha que Ele resgata!
Isso nos mostra que o coração missionário da Igreja não deve ser somente a manutenção dos que já estão dentro, mas a busca incessante dos que ainda estão fora.
Jesus lhes disse: “Vão ao mundo inteiro e anunciem as boas-novas a todos. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem se recusar a crer será condenado. Mc 16.15,16
Mais uma vez, ele disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio”. Jo 20.21
Então, se você é a centésima ovelha nessa manhã, você não está tão perdido a ponto de não ser encontrado pelo Bom Pastor Jesus.
E se você, como eu, já é uma das 99 do aprisco, esteja preparado para fazer festa, porque o Bom Pastor prosseguirá trazendo a centésima, a centésima primeira e todas mais que Ele quiser salvar.
A salvação pertence ao Senhor.
Então, na primeira parábola, somos apresentados ao Bom Pastor, que busca as ovelhas perdidas e a nós, seres humanos, que sobrecarregados pelo peso da culpa e do pecado, sabemos que algo está errado em nossas vidas, mas não sabemos como resolver.
A SEGUNDA HISTÓRIA
A segunda parábola traz uma mudança importante: agora não é uma ovelha que se perde, mas uma moeda dentro da casa.
Jesus conta que uma mulher, ao perder uma das dez dracmas, acende a candeia, varre a casa e procura cuidadosamente até achá-la. Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas para se alegrarem com ela.
A dracma era uma moeda de prata que correspondia ao valor de um dia de trabalho, semelhante ao denário romano.
Para uma mulher da palestina, perder uma dessas poderia colocar em risco sua própria sobrevivência. Isso explica a sua diligência em encontrá-la.
“Ou suponhamos que uma mulher tenha dez moedas de prata e perca uma. Acaso não acenderá uma lâmpada, varrerá a casa inteira e procurará com cuidado até encontrá-la? E, quando a encontrar, reunirá as amigas e vizinhas e dirá: ‘Alegrem-se comigo, pois encontrei a minha moeda perdida!’. Da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus quando um único pecador se arrepende”. Lc 15.8-10
A ovelha era um ser vivo. A moeda, um objeto inanimado. A moeda é diferente da ovelha. Ela não sente falta do pastor, não sente frio, não sente medo. Como um objeto sem vida, ela simplesmente está caída em algum canto escuro, sem perceber que está perdida.
A ovelha sabia estar perdida, mas não sabia como voltar.
A moeda está perdida e não sabe.
...
Essa é a imagem do homem pecador que está morto em seus delitos e pecados (Ef 2.1). Ele não percebe sua condição, não busca a Deus e não clama por ajuda.
Ele precisa ser achado pela graça soberana que ilumina e alcança.
As Escrituras Sagradas mostram o ser humano sem Deus como um corpo sem vida. O homem sem Deus , biblicamente falando, "existe", mas não "vive".
Vocês estavam mortos por causa de seus pecados e da incircuncisão de sua natureza humana. Cl 2.13
A mulher da parábola simboliza essa busca diligente de Deus.
Ela acende a luz e varre a casa até encontrar.
Esse detalhe é lindo, porque mostra que não há lugar tão escuro, nem canto tão escondido, que a graça de Cristo não possa alcançar.
Mesmo quando alguém não tem consciência de sua perdição, o Espírito Santo age, trazendo luz e revelando o caminho da salvação.
Essa obra do Deus Triúno é o que garante que homens e mulheres mortos espiritualmente possam ser encontrados e vivificados.
O Pai escolheu salvar esses pecadores antes da fundação do mundo.
Mesmo antes de criar o mundo, Deus nos amou e nos escolheu em Cristo para sermos santos e sem culpa diante dele. Ef 1.4
O Filho veio ao mundo para dar a vida para resgatá-los da sua vã maneira de viver
Deus apresentou Jesus como sacrifício pelo pecado, com o sangue que ele derramou, mostrando assim sua justiça em favor dos que creem. Rm 3.25
E o Espírito ilumina esses pecadores por quem Jesus morreu para que eles cheguem a fé, tirando-os da morte para a vida.
Mas, na verdade, é melhor para vocês que eu vá, pois, se eu não for, o Consolador não virá. Se eu for, eu o enviarei a vocês. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Jo 16.7,8
...
No discipulado, isso nos ensina que nossa missão não é apenas acompanhar os que já reconhecem sua necessidade de Cristo, mas também ir ao encontro daqueles que nem sequer percebem que precisam de salvação.
Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar. Pv 24.11
Muitos jovens, por exemplo, estão mergulhados em distrações, prazeres e filosofias de vida que os afastam de Deus, mas não têm consciência disso. É a missão da Igreja ser a luz que brilha e varrer os cantos escuros da vida para que Cristo encontre esses corações.
E assim como a mulher celebrou com suas amigas, Jesus ensina que há alegria diante dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.
O céu inteiro vibra, louvando a Cristo, quando a dracma perdida é encontrada.
Nós eramos essas moedas perdidas.
Mas Cristo nos encontrou e nos reuniu ao seu bom tesouro.
Que a graça dEle nos encoraje a nunca nos esquecermos que não há canto escuro demais que possa esconder uma moeda do Deus que está reunindo para Si um tesouro particular.
Se você é dracma perdida nessa manhã,
o brilho da glória de Jesus Cristo pode iluminar
sua mente e seu coração.
A terceira HISTÓRIA
A terceira parábola é a mais longa e detalhada. Ela apresenta dois filhos 'perdidos' e um pai, revelando que a perdição assume diferentes formas.
Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais jovem disse ao pai: ‘Quero a minha parte da herança’, e o pai dividiu seus bens entre os filhos. Lc 15.11,12
O filho mais novo pede a herança antecipada, uma atitude de rebeldia que, na prática, equivalia a dizer: “Pai, prefiro a sua herança do que a sua presença”.
Ele vai para longe e gasta tudo em prazeres até se ver em miséria, desejando comer a comida dos porcos.
“Alguns dias depois, o filho mais jovem arrumou suas coisas e se mudou para uma terra distante, onde desperdiçou tudo que tinha por viver de forma desregrada. Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra, e ele começou a passar necessidade. Convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo, e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos. Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma. Lc 15.13-16
É nesse ponto de humilhação que ele “cai em si” e decide voltar. Ele descobriu da pior forma possível que a casa do Pai tinha desafios, mas a ausência daquele ambiente era muito, muito pior.
“Quando finalmente caiu em si, disse: ‘Até os empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui, morrendo de fome. Vou retornar à casa de meu pai e dizer: Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como seu empregado’. Lc 15.17-19
Ele percebe sua própria perdição.
Ensaia palavras de arrependimento.
E então decide voltar.
O pai, vendo-o de longe, corre para abraçá-lo, restaura-lhe a dignidade com roupas novas, sandálias e um anel, e faz uma festa celebrando sua restauração.
“Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de compaixão, correu para o filho, o abraçou e o beijou. O filho disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho’.“O pai, no entanto, disse aos servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa da casa e vistam nele. Coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Matem o novilho gordo. Faremos um banquete e celebraremos, pois este meu filho estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado!’. E começaram a festejar. Lc 15.20-24
Esse filho pródigo representa o pecador que deliberadamente abandona a casa do Pai e busca preencher a vida em caminhos de autossuficiência. No entanto, veja, mesmo o pecador que volta em ruínas é recebido com misericórdia abundante.
Houve esperança para o ovelha perdida...
Houve redenção para a dracma perdida...
Houve misericórdia para o filho arrependido...
Essa é a boa notícia do evangelho: a graça corre em nossa direção antes mesmo de terminarmos o nosso pedido de perdão.
....
Porém, Jesus não encerra a história com a festa. O foco muda para o filho mais velho, que, apesar de estar na casa, revelava um coração muito distante.
“Enquanto isso, o filho mais velho trabalhava no campo. Na volta para casa, ouviu música e dança, e perguntou a um dos servos o que estava acontecendo. O servo respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, pois ele voltou são e salvo!’. Lc 15.24-27
Aquele fato abalou sua estrutura emocional.
Como assim celebrar a vida de um irmão que desperdiçou tudo?
Ele se recusou a participar da alegria do pai. Ele estava perdido como seu irmão, mas de outra forma...
não tão escandalosa.
“O irmão mais velho se irou e não quis entrar. O pai saiu e insistiu com o filho, mas ele respondeu: ‘Todos esses anos, tenho trabalhado como um escravo para o senhor e nunca me recusei a obedecer às suas ordens. E o senhor nunca me deu nem mesmo um cabrito para eu festejar com meus amigos. Mas, quando esse seu filho volta, depois de desperdiçar o seu dinheiro com prostitutas, o senhor comemora matando o novilho!’. Lc 15.28-30
O irmão mais velho é o retrato de quem, embora próximo da religião, nunca experimentou a misericórdia. Era o perigo dos escribas e fariseus do texto de abertura dessa reflexão.
Mas também pode ser o nosso:
Podemos estar na casa do Pai, mas vivendo como servos, não como filhos abraçados, amados e perdoados.
Irmãos mais velhos são um problema para o cumprimento da missão divina.
Eles se tornaram "tão bons" que se esquecem da misericórdia que os salvou...
Eles se esqueceram que foram perdoados e amados. Tornaram-se profissionais da religião e, por isso, não tem compaixão de pecadores que não são "tão bons" quanto eles.
Estão cheios de autossuficiência. São super-heróis da fé, mas nada em seu comportamento remete ao amor e misericórdia de Jesus.
Na história da IPR, todos nós fomos, em algum momento, irmãos mais velhos.
"Crentões demais", "certinhos demais", "moralizadores demais", mas esse comportamento na maior parte das vezes causa mais feridas do que promove cura.
Como cristãos, devemos sim ser sal e luz, pessoas que, pela graça, imitam o comportamento de Jesus Cristo.
Mas isso não nos torna melhores do que ninguém.
Na parábola, "o bom comportamento do filho" não é louvado pelo Pai. Sua correção, embora respeitosa, mostra um coração que sangrou com tamanha insensibilidade.
“O pai lhe respondeu: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo que eu tenho é seu. Mas tínhamos de comemorar este dia feliz, pois seu irmão estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado!’”. Lc 15.31,32
Essa parábola nos desafia sobre duas perspectivas e dois riscos...
Deus não deseja que nos tornemos o filho pródigo, que desperdiça a vida comp prazeres mundamos, que levam a perdição...
Mas também não quer que nos tornemos tão religiosos a ponto de não termos compaixão e empatia genuínos...
O que podemos aprender com isso?
Primeiro, precisamos acolher os que voltam em ruínas, lembrando que nós mesmos só estamos de pé pela graça.
“Portanto, quem pensa estar em pé, veja que não caia.” 1Co 10.12
Precisamos também vigiar para não desenvolver um coração de “irmão mais velho”, que mede a vida cristã pela moralidade e perde a capacidade de se alegrar com a graça de Deus que nos perdoou e perdoa também os demais pecadores que caminham conosco na comunidade cristã.
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Rm 12.10
E, sobretudo, precisamos viver como filhos: desfrutando da presença e do amor do Pai, não apenas de suas dádivas.
“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus.”, 1Jo 3.1
O abraço do Pai Celestial tem esse poder transformador...
É o abraço que nos livra do engano do pecado e que nos recebe de volta...
mas também é o abraço que tira as cinzas da religiosidade para nos lembrarmos que, por melhores que a graça tenha nos tornado, somos simplesmente filhos amados e perdoados...
Amados e perdoados...
Lembre-se disso: você é amado e perdoado!
Conclusão
As três histórias de Lucas 15 nos revelam um único coração: o do Pai que busca os perdidos. A ovelha, a moeda, os filhos… cada um deles mostra um aspecto da nossa condição sem Cristo e da graça que nos encontra.
O evangelho não é sobre pessoas boas tentando melhorar sua vida; é sobre o Deus santo que vai atrás de pecadores quebrados, culpados e até religiosos, para fazê-los filhos amados.
Como discípulos de Jesus, somos chamados a viver essa mesma missão.
A boa notícia que anunciamos nos lembra exatamente isso: Cristo veio ao mundo, viveu uma vida perfeita para salvar pecadores imperfeitos. Ele subiu à cruz em nosso lugar. Suportou o castigo que seria nosso. Seu sangue derramado na cruz é o preço da nossa salvação.
E Deus aceitou o seu sacríficio em nosso lugar, o ressuscitando ao terceiro dia...
A morte de Cristo na cruz é a festa que transforma pecadores em filhos!
Para sermos ovelhas do aprisco, o Cordeiro morreu em nosso lugar.
Para sermos dracmas encontradas, Ele acendeu a luz e nos buscou até nos achar.
Para sermos filhos amados, Ele, como Filho Unigênito, morreu em nosso lugar.
Isso inspira nossa missão como Igreja de Jesus
não é julgar, mas buscar;
não é excluir, mas acolher;
não é erguer muros, mas construir pontes...
Que o Senhor nos faça discípulos moldados pela cruz, para que possamos caminhar ao lado do Crucificado, anunciando com a vida e com as palavras:
“O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).
Que Ele nos abençoe!

Pastor Sérgio Fernandes
Pastor Titular da IPR





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