Jesus Envia os Doze - Sermão de 29/06/2025
- Pastor Sérgio Fernandes
- 27 de jun.
- 13 min de leitura
Atualizado: 30 de jun.

Jesus andava por todas as cidades e todos os povoados da região, ensinando nas sinagogas, anunciando as boas-novas do reino e curando todo tipo de enfermidade e doença. Quando viu as multidões, teve compaixão delas, pois estavam confusas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Disse aos discípulos: "A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Orem ao Senhor da colheita; peçam que ele envie mais trabalhadores para seus campos". Mateus 9:35-38
INTRODUÇÃO
Nessa semana, todos nós acompanhamos apreensivos a triste história da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu um acidente em uma trilha de vulcão na Indonésia e morreu em decorrência do descaso das autoridades competentes e também das dificuldades envolvendo o seu resgate.
Embora estivesse em perigo e a situação demandasse urgência, não houve quem pudesse resgatá-la de sua triste situação. Hoje estou tendo o privilégio dado por Deus de ministrar a quinquagésima mensagem da série "O Caminho do Crucificado" e o texto em questão é bastante peculiar e oportuno para nosso tempo:
Ele trata do desafio de nos comprometermos com urgência para resgatarmos aqueles que encontram-se, como a Juliana, fatalmente perdidos, precisando urgentemente de quem se lance na missão de resgatá-los.
Um trabalho Urgente e Exaustivo
O trecho Mateus 9.35-38 e o capítulo seguinte (Mt 10) são situados por boa parte dos comentaristas bíblicos como um evento que se dá logo após a segunda rejeição de Jesus em Nazaré, mensagem esta que ministrei à comunidade no ultimo Encontro Devocional aqui da IPR.
Jesus vinha de uma extensa campanha de evangelização, discipulado e curas, atingindo diversas cidades da região com a boa notícia de salvação.
Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas. Mt 9.35
O perfil triplo da obra de Nosso Senhor mantinha suas características do começo do ministério: evangelização, discipulado e cura de enfermidades.
Jesus andou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a boa notícia do Reino e curando as enfermidades e as doenças graves do povo. Mt 4.23
Embora não seja biblicamente possível deduzir o tempo exato entre um evento e outro, Jesus demonstrou aqui sua constância e foco para cumprir a missão que haviia recebido de Seu Pai.
Jesus nos deixa um legado importante sobre manter as bases da missão e o cumprimento dela de modo firme e constante.
O foco é um elemento importante do discipulado. Precisamos ter um alvo firme para perseguir, e nosso alvo é Cristo (Hb 12.2) e a glória de Nosso Pai (1 Co 10.31).
Quando Jesus viu as dificuldades de executar a missão, ele não a abortou. Ele encontrou meios de realizá-la de outra forma. Assim deve ser a nossa atitude com as impossibilidades que vão surgindo.
Ao invés de abortarmos projetos pessoais, metas familiares e o trabalho que fazemos para Jesus, o caminho melhor seria encontrarmos outros meios de dar continuidade.
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A inconstância destrói coisas incríveis que Deus deseja fazer através de nós.
Jesus é um modelo de constância que deve ser imitado. Se for para você desistir de algo, desista de desistir!
A Bíblia reprova a inconstância, por exemplo, em Pv 25.19
"Como dente estragado e pé deslocado é a confiança no inconstante no tempo da angústia." Pv 25.19
Um dente estragado não consegue mastigar... um pé deslocado não consegue se movimentar. Assim é uma pessoa inconstante: ela não suporta o peso das responsabilidades, falha nos momentos críticos, e causa prejuízo a quem confia nela.
Jesus nos dá, pela graça, o poder para vencermos a inconstância!
Seu amor persistente é a fonte que nos mantém focados na missão! Desista de desistir!
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OVELHAS SEM PASTOR
A rejeição do ministério de Jesus em Nazaré serviu como um divisor de águas na forma como Cristo conduzia sua missão de evangelização.
Embora fosse divino, Jesus, em sua humanidade, não podia atender simultaneamente toda a demanda que possuía em seu ministério terreno. E isso pesou em seu coração! Ele se importava com cada uma delas com amor eterno.
Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Mt 9.36
O texto afirma, primeiramente, que Jesus viu que aquelas pessoas estavam aflitas. Essa expressão "aflitas" vem do grego (πεπληροφορημέναι / peplērophorēmenai) e tem um sentido de estarem sobrecarregadas, oprimidas ou cheias de peso.
As multidões estavam sob um fardo muito pesado: o peso do pecado, da ignorância, da opressão religiosa e social, e da ausência de uma verdadeira liderança espiritual.
Essa aflição é tanto externa (circunstâncias duras, opressão) quanto interna (angústia da alma, fome espiritual).
O texto também afirma que as multidões estavam "exaustas". A expressão grega traduzida aqui é (ἐκλελυμέναι / eklelymenai), que traz um sentido de fraqueza extrema, esgotamento e cansaço profundo, resultado de ausência completa de esperança.
Elas eram como ovelhas sem pastor.
Em seu estado de depravação, distantes da graça de Deus e do evangelho, essas pessoas caminhavam sem esperança, sem direcionamento espiritual, aprisionadas em um estado completo de indiferença.
O pecado nos apriosiona e nos mantém longe de Deus.
A essas pessoas, sem esperança alguma e sem vida espiritual, Jesus apresentou-se como aquEle que poderia aliviar seus fardos, dando-lhes poder para se vencerem o pecado e viverem uma vida de alegria plena na presença do Senhor.
— Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso. Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso. Mateus 11.28,29
Ele é o Bom Pastor que deu sua vida por nós!
— Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. João 10.11
Jesus sabia que aquelas multidões pereceriam se insistissem em viverem suas vidas distantes da graça de Deus, pensando apenas em si mesmas, distantes do único que poderia resgatá-las.
Por isso, ele fala aos seus discípulos e ora, buscando um meio de levar a boa notícia de salvação para todos aqueles que estavam em sofrimento.
Então disse aos discípulos: — A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita. Mateus 9.37,38
A colheita é o resgate daqueles que Deus, Nosso Pai, escolheu para a salvação. Os trabalhadores são os discípulos de Cristo, que devem se engajar na missão de levar essa esperança ao mundo. O dono da plantação é o Deus, que nos resgatou e nos chama para nos envolvermos naquilo que Ele está fazendo no mundo.
Eu desejo, sinceramente, que essa comunidade seja a resposta da oração de Jesus neste tempo em que vivemos.
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O envio dos doze
O capítulo 10 de Mateus é, de certo modo, a resposta das orações do final do capítulo 9. Jesus escolhe um seleto grupo de discípulos para expandir o anúncio da boa notícia de salvação para toda a nação de Israel.
Jesus reuniu seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos impuros e curar todo tipo de enfermidade e doença. Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, também chamado Pedro, depois André, irmão de Pedro, Tiago, filho de Zebedeu, João, irmão de Tiago, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, o cobrador de impostos, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o zelote, Judas Iscariotes, que depois traiu Jesus. Mt 10.1-4
A pluralidade dos discípulos reflete a futura pluralidade da igreja.
Na mesma mesa havia um publicano e um zelote, oponentes históricos.
Na mesma mesa haviam leais e um traidor, joio e trigo que crescem juntos.
Diferentes perfis, diferentes jornadas, mas um único Mestre e Senhor.
Na mesa onde está Jesus, devemos aceitar cada pecador arrependido que busca nEle salvação; não apenas os nossos pecadores favoritos.
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Qual seria o trabalho desses homens?
Anunciar as ovelhas perdidas da casa de Israel (aquelas que anteriormente ele afirmou que estavam sem pastor) que o Reino estava próximo.
A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel; e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus. Mt 10.5-7
Com a chegada do Rei Jesus, aqueles a quem foram primeiramente anunciadas as boas novas de salvação deveriam submeter-se a boa notícia do evangelho, seguindo as pisadas do Bom Pastor Jesus.
Essa era a boa notícia da salvação: o Rei, que por tanto tempo aguardavam, já estava entre eles.
A prioridade da evangelização aos judeus não tinha o propósito de fechar a porta da graça para outros grupos, apenas organizar a ordem da evangelização.
Lembrem-se: Deus é ordeiro e nós, como filho, devemos ser também!
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Os apóstolos aqui mencionados seriam os embaixadores do Reino, representando Cristo por onde andassem. Por isso, eles receberam autoridade para operar os mesmos sinais operados por Jesus.
Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai. Mt 10.8
Essa capacidade irrestrita de operar sinais não se repetiu na história da igreja e foi necessária para que o fundamento do cristianismo fosse lançado.
Por isso, embora Deus seja o mesmo, o calendário divino é outro. Os mesmos sinais e prodígios operados no fundamento da igreja, pelos apóstolos, registrados no livro de Atos, não se repetiram na mesma intensidade em dois mil anos de cristianismo e nunca se repetirão na mesma proporção.
Hoje, sinais e maravilhas ainda podem acontecer, mas não como manifestação de autoridade absoluta (como a que os apóstolos receberam), mas mediante a demonstração soberana do poder de Deus por meio dos dons carismáticos manifestados pelo Espírito Santo.
Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui a cada um como quer. 1 Co 12.11
Por isso, o cristianismo não é uma religião associada primariamente a milagres, mas a redenção. Se não entendermos isso, continuaremos agindo como crentes insatisfeitos, que exigem que Deus e a igreja façam aquilo que Deus não se propõe a fazer irrestritamente neste tempo do calendário divino.
AS INSTRUÇÕES AOS DOZE (e a nós também)
Ao longo dos quarenta e dois versículos de Mateus 10, Jesus transmitiu instruções aos seus discípulos sobre a forma como deveriam conduzir a pregação do evangelho do Reino, e tais instruções são úteis para nós, que hoje militamos na continuidade da causa de Cristo.
Essas instruções são úteis para realizarmos o trabalho de Jesus de modo agradável a Ele.
Vejamos:
Primeiro: o trabalho deveria ser executado com humildade e generosidade.
(...) de graça recebestes, de graça dai. Mt 10.8
Para terem sucesso na missão, os apóstolos deveriam executar o trabalho com dependência integral da Deus (de graça recebestes) e sem interesse pessoal algum (de graça dai).
Nosso trabalho no Reino de Cristo deve estar centrado no espírito da graça de Deus, que nos convida a devolvermos em amor de todo o bem que temos recebido.
Por isso, tudo o que você fizer para Jesus, faça com muito amor e cheio de gratidão.
É tudo pela graça!
segundo: o trabalho deveria ser feito com simplicidade e dependência
Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento. Mt 10.9,10
O sucesso no Reino de Deus não é resultado da abundância de recursos materiais, mas no poder glorioso do Espírito que opera por nosso intermédio. Cada ministro de Cristo deve confiar que o Senhor Soberano irá prover os recursos necessários para que a obra avance, uma vez que a riqueza de Deus flui da graça que está no meio do Seu povo.
O trabalhador é digno do seu salário.
Quando o povo de Deus reconhece-se como tal, ele procurará cuidar daqueles que Deus os enviou, para que façam o trabalho com amor cada vez maior.
Pois as Escrituras dizem: “Não amordacem o boi para impedir que ele coma enquanto debulha os cereais”, e também: “Aqueles que trabalham merecem seu salário”. 1 Tm 5.18
Deus cuida do Seu povo e provisiona o necessário para que a obra e os obreiros possam ir bem.
Deus é, de certa forma, o "patrão" da Igreja e o general da nossa missão!
TERCEIRO: NOSSO TRABALHO IRÁ GERAR ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO E DEVEMOS NOS CONFORMAR COM ISSO
“Sempre que entrarem em uma cidade ou povoado, procurem uma pessoa digna e fiquem em sua casa até partirem. Quando entrarem na casa, saúdem-na com a paz. Se o lar se revelar digno, que sua paz permaneça nela; se não, retirem a bênção. Se alguma casa ou cidade se recusar a recebê-los ou a ouvir sua mensagem, sacudam a poeira dos pés ao sair. Eu lhes digo a verdade: no dia do juízo, as cidades perversas de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos rigor que essa cidade. Mt 10.11-15
Jesus alertou seus discípulos que, embora o exercício do ministério promoveria a paz de Cristo aos corações receptivos à mensagem, nem todos creriam nela.
Por isso, eles deveriam estar aptos a discernir entre os que criam e não, sabendo que esses dois grupos sempre existirão até a consumação dos séculos.
Sendo assim, cada obreiro de Cristo deve saber que nosso sucesso não está diretamente associado a quantas pessoas aceitam o evangelho, mas em nossa fidelidade de anunciá-lo com fidelidade a quem nos comissionou.
Deus não impressiona com casas cheias de gente, Ele se move em corações cheios de Deus.
QUARTO: DEVEMOS ESTAR PRONTOS A ENCARAR A HOSTILIDADE
“Ouçam, eu os envio como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam espertos como serpentes e simples como pombas. Tenham cuidado, pois vocês serão entregues aos tribunais e chicoteados nas sinagogas. Por minha causa serão julgados diante de governantes e reis, mas essa será a oportunidade de falar a meu respeito a eles e aos gentios. Quando forem presos, não se preocupem com o modo como responderão nem com o que dirão. Naquele momento, as palavras certas lhes serão concedidas, pois não serão vocês que falarão, mas o Espírito de seu Pai falará por meio de vocês. Mt 10.16-20
O ministério cristão é, por natureza, sujeito a hostilidade.
Luz e trevas não combinam. O fato de anunciarmos uma verdade absoluta chamada JESUS e pregarmos um livro que também afirma ser uma verdade absoluta inevitavelmente nos colocará no centro da guerra cultural que existe hoje na sociedade.
Então, cada cristão deve manter-se fiel a Deus sem ceder aos anseios da cultura moderna. O mundo, biblicamente, jaz no maligno e existe em franca oposição à Deus.
Nos inúmeros momentos de tensão, o Espírito promete nos capacitar na batalha espiritual, dando-nos o necessário para vencê-la.
QUINTO: o temor do senhor como fonte de motivação e autoridade
“Não tenham medo daqueles que os ameaçam, pois virá o dia em que tudo que está encoberto será revelado, e tudo que é secreto será divulgado. O que agora lhes digo no escuro, anunciem às claras, e o que sussurro em seus ouvidos, proclamem dos telhados.“Não tenham medo dos que querem matar o corpo; eles não podem tocar na alma. Temam somente a Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Quanto custam dois pardais? Uma moeda de cobre? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o conhecimento de seu Pai. Quanto a vocês, até os cabelos de sua cabeça estão contados. Portanto, não tenham medo; vocês são muito mais valiosos que um bando inteiro de pardais. Mt 10.26-31
Deus cuida soberanamente daqueles que se submetem a Jesus, em especial, dos seus obreiros. O temor do Senhor deve ser nossa fonte de motivação, mesmo em face da possibilidade do sofrimento e martírio.
Deus governa soberanamente tudo o que acontece conosco; dias boas e maus acontecem por permissão de Deus e mesmo as perseguições acontecem por permissão dEle.
Por isso, podemos descansar: a Igreja é como uma pérola de grande valor de Jesus!
Jesus entregou tudo o que tinha para nos resgatar!
Ele cuidará de nossa entrada e de nossa saída, podemos nos reclinar ante o temor de Deus e descansar, porque Ele está cuidado de nós!
sexto: a confissão pública de jesus é essencial para glorificarmos a deus
“Quem me reconhecer em público aqui na terra, eu o reconhecerei diante de meu Pai no céu. Mas quem me negar aqui na terra, eu também o negarei diante de meu Pai no céu. Mt 10.32,33
O Reino de Deus não admite neutralidade. Ou somos de Deus ou não somos. Para sermos testemunhas fiéis, devemos fazer uma profissão de fé pública, assumindo nosso compromisso integral com Jesus.
Esse elemento é o distintivo entre um cristianismo nominal (eu sou católico, sou evangélico, sou reformado, sou pentecostal, blá, blá, blá) com um cristianismo bíblico, onde cada elemento de nossa vida submete-se ao senhorio de Cristo para sermos testemunhas fiéis do crucificado!
Pois em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão têm algum valor; o que importa é ser nova criação. Gálatas 6.15
SÉTIMO: ISSO SIGNIFICA QUE A JORNADA AO LADO DE CRISTO CUSTARÁ TUDO DE NÓS
“Não imaginem que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas a espada.‘Vim para pôr o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra. Seus inimigos estarão em sua própria casa’.“Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim; e quem ama seu filho ou sua filha mais que a mim não é digno de mim. Quem se recusa a tomar sua cruz e me seguir não é digno de mim. Quem se apegar à própria vida a perderá; mas quem abrir mão de sua vida por minha causa a encontrará. Mt 10.34-39
Por isso, o evangelho exige de nós um posicionamento firme, uma vez que seu caráter claramente divisivo pode nos colocar em oposição, inclusive, à pessoas próximas.
Quando eu cheguei a fé, eu perdi "amigos" e familiares, uma vez que o compromisso que assumi tornava dificil continuar a ter os mesmos comportamentos de quando não conhecia a Jesus.
Seguir a Cristo exige renúncia total e integral. Embora os discípulos de Jesus não se isolem, eles voltam ao lugar de onde vieram não mais como pecadores, mas como embaixadores da mensagem que os transformou. A verdadeira vida só é encontrada quando abrimos mão integralmente da vida antiga. Acho que a fraqueza do cristianismo moderno é que queremos seguir o Crucificado sem a nossa próprio cruz nos ombros.
Não funciona!
OITAVO: lembre-se sempre da recompensa eterna
“Quem recebe vocês recebe a mim, e quem me recebe também recebe aquele que me enviou. Quem acolhe um profeta como alguém que fala da parte de Deus recebe a mesma recompensa que um profeta. E quem acolhe um justo por causa de sua justiça recebe uma recompensa igual à dele. Se alguém der um copo de água fria que seja ao menor de meus seguidores, certamente não perderá sua recompensa”. Mt 10.40-42
Deus se identifica com seus obreiros. Por isso, todos aqueles que acolhem os mensageiros de Jesus estão acolhendo o próprio Cristo.
Nosso trabalho abnegado está levando Cristo às pessoas.
Elas receberão a recompensa por acolher nossa mensagem e nós seremos recompensados por levarmos a mensagem.
Por isso, não desista de trabalhar com afinco pela causa de Cristo: até o menor gesto de obediência será recompensado por Ele!
CONCLUSÃO
Como vimos, há uma multidão de pessoas aflitas e sobrecarregadas, esperando alguém que lhes anuncie a boa notícia de salvação.
Mas você também pode estar nessa manhã cansado e sobrecarregado.
O Rei Jesus veio para quebrar todo o jugo, inclusive o nosso!
Na Pessoa de Jesus, Deus tornou-se humano, veio ao mundo, anunciou a boa notícia de salvação e subiu à cruz para ser o nosso sacrifício substitutivo. Ele recebeu sobre si toda a ira de Deus por nossos pecados.
Ali, Ele foi morto e sepultado, mas ao terceiro dia Ele ressuscitou, comprovando o seu poder sobre o mal e a morte.
Ele está vivo e vive para sempre!
E promete perdoar e salvar todos os que crêem nele!
Se você se encontra caído em uma das trilhas da vida, o resgate a seu respeito já foi feito e você pode se levantar com esperança, confiando no imensurável poder e graça de Jesus!
Não há um buraco ou vulcão tão fundo de onde Ele não possa te tirar!
Clame a Ele nessa manhã!

Pastor Sérgio Fernandes
Pastor Titular da IPR
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