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Uma pecadora unge os pés de Jesus - Sermão de 01/06/2025

Atualizado: 8 de jun.



Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento. Lc 7.36-38


INTRODUÇÃO


Não é novidade para nenhum de vocês que eu não dispenso uma boa mesa de refeição. Cristãos bíblicos comem e bebem para glória de Deus (1 Co 10.31).


O que eu aprecio na dinâmica da mesa é poder passar tempo com pessoas enquanto desfrutamos de uma refeição juntos.


Jesus fazia isso com os seus discípulos.


A intimidade que o tempo à mesa promove é única.


Ela oferece papos informais, motivos para se alegrar (e também para exercer empatia) e deixa evidente aquilo que realmente somos.


Você não conhece uma pessoa (ou um coração) até sentar-se à mesa com ele.


Na reflexão dessa manhã, quero refletir com vocês sobre uma história de Cristo que ocorreu em um banquete oferecido a Jesus. Ali, uma das mais preciosas lições da graça de Deus foram ensinadas.






O contexto da passagem

Como já mencionamos em sermões anteriores, Lucas enfatiza no seu evangelho como o amor de Deus, revelado em Jesus Cristo, atinge aqueles que eram marginalizados pela sociedade. Para Lucas, Jesus é o Salvador de todos: sua graça pode alcançar inclusive os piores pecadores. Nesta passagem, a tensão entre a religiosidade dos fariseus e a graça de Jesus Cristo, tão ressaltada por Lucas no evangelho, segue crescente, sendo aqui, um dos ápices do conflito.


...


Essa história se passa na casa de Simão. Encontros assim eram comuns entre os judeus, em especial, para debates de caráter teológico.


Jesus estava no centro das atenções das principais facções judaicas e o anfitrião, sendo fariseu, certamente desejava entender melhor a perspectiva que o Salvador tinha sobre a fé no Deus de Israel.


Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. Lc 7.36

Jesus, expressando a graça de Deus, não via problemas em andar com todo tipo de pessoas. Ele comia com "pecadores" e também comia com "religiosos", afinal, em suma, tratava-se do mesmo grupo (Rm 3.23).


Lucas parece querer ressaltar isso na prática, confirmando o que ele já havia mencionado em uma passagem anterior:


Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Lc 7.33,34

Jesus sempre desejou estar na mesa com os homens. Assim como no Antigo Testamento, onde Deus determinava refeições cerimoniais nas celebrações do povo, Jesus assume esse papel sentando-se à mesa e ministrando aos corações humanos.


Quando chegarem, usem o dinheiro para comprar o tipo de alimento que desejarem: bois, ovelhas, vinho ou qualquer outra bebida fermentada. Então, na presença do Senhor, seu Deus, comam e alegrem-se com toda a sua família. Dt 14.26

Não importa se a mesa da sua vida está alegre ou triste, farta ou pobre, Jesus quer assentar-se e celebrar junto com você.



Algo diferente, contudo, aconteceu nesse encontro.


.....


E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o unguento. Lc 7.37,38

Um pequeno adendo ao sermão: precisamos diferenciar essa passagem de outras do Novo Testamento, com temática semelhante. O evento narrado aqui por Lucas é diferente dos demais presentes nos outros evangelhos.


Mateus e Marcos narram uma unção que aconteceu em Betânia, a dois dias da Páscoa (Mc 14.1,2 e Mt 26.1,2). João narra também a unção de Jesus por Maria de Betânia, mas o coloca há seis dias da Páscoa (Jo 12.1,2). Esses dois podem se tratar do mesmo episódio, por perspectivas diferentes.


...


Diferente de jantares que oferecemos no Ocidente, onde anfitriões recebem seus convidados em festas privadas, no tempo e no mundo de Jesus refeições como essa ocorriam de portas abertas, permitindo a livre circulação.


Sendo assim, uma mulher adentrou-se na residência e, de modo espontâneo, serviu a Jesus com amor, ungindo seus pés com óleo.


Derramar óleo em hóspedes era uma prática comum em Israel. Por causa do calor e dos deslocamentos feitos sob o sol, anfitriãos ofereciam óleos para perfumar e hidratar a pele de suas visitas.


Para a mulher citada no texto, isso não significava apenas um protocolo social. A Bíblia registra que ela chorava, arrependida aos pés de Jesus, a ponto de derramar suas lágrimas sobre eles. Ela também os beijava, sinalizando sua devoção ao Mestre.


Ela não podia sentar-se à mesa com os demais, por sua má reputação. Mas encontrou conforto aos pés do Senhor Jesus.


De joelhos, ela o reconhecia como Senhor.


Não sabemos sua origem, apenas, que era mulher pecadora, uma linguagem utilizada nos evangelhos para indicar que ela vivia como meretriz.


  • Talvez tenha sido tocada pelos inúmeros discursos e milagres de Jesus.

  • Poderia estar no meio da multidão que acompanhava o Senhor.

  • Sem lugar à mesa, achou seu espaço aos pés de Jesus.


Obviamente, um gesto de devoção tão extravagante não passaria desapercebido. Aquele momento de adoração iniciaria um poderoso embate teológico à mesa, que revelaria de forma profunda a natureza da graça de Deus e o próprio coração dos presentes.



UM EMBATE SOBRE A GRAÇA


Na sequência do texto, vemos a reação de Simão, o anfitrião, diante da atitude da mulher e da aparente aceitação de Jesus por ela.


Simão não gostou de nada do que viu.


  • Ele não celebrou o respeito que a mulher demonstrou por Jesus;

  • E ele também não refletiu sobre a sua própria cordialidade com Cristo;


Jesus era um convidado ilustre. Mas Simão, aparentemente, fez pouco caso disso.


Sua reação foi um julgamento pretensioso e não verbalizado.


Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Lc 7.39

Em um só fluxo de pensamento, Simão emitiu dois julgamentos:


  • Julgou o ministério profético de Jesus, deduzindo ser ele uma fraude;

  • Julgou o caráter da mulher, lançando dúvidas sobre a expressão de devoção;


Sua atitude o certificou como um verdadeiro fariseu, onde só há dolo!


....


Enquanto eu meditava nesse texto, fiz uma pausa e refleti sobre o cenário onde o evento aconteceu.


Simão estava na mesa com Cristo. Comendo com ele. Sentindo, certamente, o peso glorioso de Sua presença.


Mas seu coração permanecia indiferente. Simão tinha uma religião, mas não tinha redenção. Ele sentisa-se seguro na sua capacidade de exercer bem os protocolos religiosos que recebeu, mas ele não percebeu que a Porta da Salvação estava diante dEle.


E, pelo texto, ele não entrou por ela.


Isso me leva, naturalmente, a uma aplicação.


Não adianta estarmos assentados à mesa com Jesus se Ele não estiver reinando em nosso coração. Podemos estar entre os discípulos, comer com eles, ser encorajado por eles, mas cada um de nós precisa ter a sua própria experiência de conversão à Jesus.


Que fique claro: estar entre os crentes não nos torna crentes. Cada pessoa deve nascer de novo, pelo poder do Espírito Santo agindo de forma sobrenatural em seu coração.


......


Simão julgou que Jesus não era um profeta. Foi um julgamento errado.


Jesus, como Deus, conhecia os mistérios mais profundos do coração humano.


Ele percebeu aquele julgamento maligno e dirigiu Sua Palavra à Simão.



'Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. ' Lucas 7:40-43

A alegoria de Jesus era bastante simples. Se duas pessoas devedoras fossem perdoadas de suas dívidas, quem seria mais grato? Veja: um devedor devia um valor correspondente a 50 dias de trabalho. O outro, correspondente a 500 dias (quase dois anos). Simão respondeu bem, mas com alguma desconfiança (perceba o uso da expressão "suponho" no texto).


Obviamente, a gratidão maior seria observada naquele que foi mais perdoado.


Isso parece sugerir que há uma íntima ligação de gratidão com proporção.

Quanto maior for a percepção daquilo que se recebeu, maior será o sentimento de gratidão.


Jesus se apropria então da resposta de Simão para ilustrar uma maravilhosa verdade da graça de Deus e confrontar a religiosidade vazia daquele homem.


'E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. ' Lucas 7:44-46

Jesus confrontou Simão por sua falta de hospitalidade e de discernimento espiritual, algo que não deveria acontecer, visto ser ele um homem tido como religioso.


  • Simão não lavou os pés de Jesus, um gesto simples de cordialidade. Isso representava no mundo judaico quase um insulto pessoal.

  • Simão não beijou a Cristo, sendo o ósculo um cumprimento comum em Israel entre irmãos na fé.

  • Simão não ungiu Jesus com unguentos, uma cordialidade necessária para uma figura de maior importância.


Embora fosse religioso, ele tratou Jesus com desrespeito. Para Simão, Jesus era uma pessoa "qualquer"... a mesa, fatalmente, revelou o que havia em seu coração. ...


Que peso há nesse ponto da história. A indiferença é, por si só ruim, mas indiferença à mesa é muito pior.


Que coisa triste é um ser humano tratar a Jesus Cristo como alguém comum

Nem mesmo pessoas sem religião tratam Jesus como um "qualquer".

Meu amado irmão, por favor, não considere comum aquEle foi gerado do Espírito, nascido de uma virgem e ressuscitado dentre os mortos.

Mas nós, cristãos, por vezes, reduzimos Jesus a nada. Não lavamos seus pés, não derramamos óleo sobre a sua cabeça e não o saudamos com beijo santo.


Como você tem tratado o Senhor na mesa de sua casa?


...


Jesus volta então a atenção de todos presentes àquela mulher.


Perceba que Jesus a chamou anteriormente de "mulher" e não de "mulher pecadora".


Isso não significa que Jesus tenha simplesmente ignorado os pecados que ela havia cometido, mas sim, que Ele já a reconhecia na nova identidade adquirida quando ela, arrependida, o aceitou como Senhor e Salvador.


Isso fica evidente na continuidade do texto.


“Eu lhe digo: os pecados dela, que são muitos, foram perdoados e, por isso, ela demonstrou muito amor por mim. Mas a pessoa a quem pouco foi perdoado demonstra pouco amor”. Então Jesus disse à mulher: “Seus pecados estão perdoados”. Lucas 7:47-48

O que Jesus apontou aqui é que a compreensão da graça recebida é o combustível que move a devoção e a adoração de uma pessoa.


A mulher reconheceu profundamente seu estado de depravação e, por isso, enxergou com nitidez o tamanho da graça que recebeu de Jesus.


Isso lhe proporcionou o entusiasmo vibrante para oferecer a Jesus sua adoração, seu tempo, seus bens e recursos, enfim, tudo o que possuía em louvor daquele que havia lhe perdoado.


Se eu percebo o quão afortunado sou por ter sido perdoado por Cristo, a intensidade da minha adoração será percebida por todos à minha volta.


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Lucas termina o relato de forma comovente, evocando aquilo que é caro para nós, cristãos bíblicos: Cristo amorosamente salva todos aqueles que, arrependidos, se apropriam pela fé do dom da graça para salvação.


A salvação é pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus!


Os homens que estavam à mesa diziam entre si: “Quem é esse que anda por aí perdoando pecados?”.E Jesus disse à mulher: “Sua fé a salvou. Vá em paz”. Lucas 7.49,50

Vocês são salvos pela graça, por meio da fé. Isso não vem de vocês; é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa pela prática de boas obras, para que ninguém venha a se orgulhar. Pois somos obra-prima de Deus, criados em Cristo Jesus a fim de realizar as boas obras que ele de antemão planejou para nós. Efésios 2.8-10

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Simão, religioso, não recebeu a graça de Deus em Cristo. A mulher pecadora, arrependida, foi alcançada pela salvação!


Que contraste poderoso há nesse texto.


Nessa história, se você estivesse naquele jantar, você estaria assentado à mesa, indiferente, ou aos pés de Jesus, reverente?


Não responda depressa demais!

Me acompanhe mais um pouco.


...


INDIFERENÇA OU REVERÊNCIA?


É muito claro ao leitor bíblico que a intenção de Lucas era destacar como a resposta ao evangelho não está relacionada à posição social ou religiosa de uma pessoa, mas a revelação da graça de Deus no coração e a sua resposta amorosa a essa graça.


Onde o religioso não viu Graça, uma pecadora viu e recebeu! Cumpriu-se a palavra de Jesus.


Naquele momento, Jesus foi tomado da alegria do Espírito Santo e disse: “Pai, Senhor dos céus e da terra, eu te agradeço porque escondeste estas coisas dos que se consideram sábios e inteligentes e as revelaste aos que são como crianças. Sim, Pai, foi do teu agrado fazê-lo assim. Lc 10.21

Obviamente, há aqui um vislumbre da doutrina bíblica da eleição. Há uns, Jesus revela sua graça salvadora, a outros, não. Mas não está em nós a vocação de decidir se pessoas são eleitas ou não.


Só o Noivo conhece a Noiva, somente o Bom Pastor conhece as suas ovelhas.


Mas quem ama a Deus é conhecido por Ele. 1 Co 8.3

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Embora o mistério da eleição esteja oculto aos nossos olhos, nós devemos com humildade avaliar de que modo nosso coração tem correspondido a graça de Cristo.


A Bíblia, embora demonstre a soberania de Deus sobre a salvação (Jn 2.9), nos convida recorrentemente a um autoexame honesto da qualidade da nossa fé em Deus.

E uma boa pergunta de autoexame seria: Estamos indiferentes à graça de Cristo ou reverentes ao Seu Senhorio?


Mas o alicerce sólido de Deus permanece firme, com esta inscrição: “O Senhor conhece quem pertence a ele” e “Todos que pertencem ao Senhor devem se afastar do mal”. 2 Timoteo 2.19

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Como aplicação pastoral, entendo que Simão, no texto, ilustra aqueles que ainda tratam Jesus como alguém comum, sem impacto real em suas vidas.


  • Simão queria Jesus à mesa, para um debate, mas não queria Jesus no coração, como Senhor.

  • Ele queria saber informações sobre Jesus, mas não queria conhecê-Lo.

  • Curiosidade não é devoção. Só conhece Jesus quem caminha com Ele.

  • O conhecimento sobre Jesus não é dado em vídeos de internet e grupos de whatsapp. Ele é recebido no quarto fechado da oração, quando decidimos voluntariamente buscar a face do Senhor. Dentro do quarto, nos assentamos à mesa com o Anfitrião da Nossa Salvação. E ali, somos ministrados por Ele.

  • Quando Jesus se torna comum em nossas vidas, reduzimos Ele a algo dispensável. Trocamos a presença dEle pela presença do pecado. Trocamos e a comunhão com Seu Povo pela comunhão com aqueles que não o invocam. Ele deixa de ser Senhor de nossa vida e se torna um mero ítem de nossa agenda diária.

  • Os sinais da indiferença espiritual são: frieza espiritual (bíblias fechadas, falta de oração, falta de desejo de estar em comunhão com os irmãos, baixo engajamento com a causa de Cristo), justiça própria (a busca por aprovação divina à parte da fé no evangelho) e ingratidão (braços cruzados, bolsos fechados, boca bem aberta para reclamar).


Aqueles que são como Simão colocam suas ambições na frente de Jesus. Isso irá gerar uma vida vazia, sem alegria e sem verdade...

Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas. Mt 6.33

Irmãos amados, esse pode ser o nosso estado atual. Podemos estar tão intoxicado com uma religiosidade sem vida, com os problemas cotidianos, com o entretenimento, com a cultura inútil de nossos dias a ponto de nosso amor por Cristo estar esfriando.


Estamos nos tornando cristãos mornos. A Igreja não deve esforçar-se para parecer legal ou menos ofensiva, ela deve se esforçar para ser santa.


Não fique preocupado demais em ser relevante, dedique todos seus esforços para ser crente e conservar acesa sua lamparina espiritual.


“Sei de tudo que você faz. Você não é frio nem quente. Desejaria que fosse um ou o outro! Mas, porque é como água morna, nem quente nem fria, eu o vomitarei de minha boca. Você diz: ‘Sou rico e próspero, não preciso de coisa alguma’. E não percebe que é infeliz, miserável, pobre, cego e está nu. Apocalipse 3.15-17

Já tomou água morna? é intragável... assim como vidas indiferentes e em cima do muro. Jesus não tolera nossa indiferença.

Ele convoca todos os indiferentes ao mesmo caminho de reconsagração.


Eu corrijo e disciplino aqueles que amo. Por isso, seja zeloso e arrependa-se. Ap 3.19

...


Já a mulher ilustra para nós o efeito da graça salvadora.


Consciente de sua triste condição e perdoada de seus pecados, ela lançou-se na maior aventura de sua vida: trilhar o caminho da reverência, santificando a Jesus como Senhor em seu coração.


  • Primeiro, ela foi atraída à presença de Jesus, assumindo um caminho de mudança. Quando estamos conscientes de quão indignos somos e da glória e majestade de Jesus, nós queremos estar cada vez mais próximos dEle. E isso exige de nós renúncia e dedicação. A cruz não é apenas o ponto de partida, mas a base, o centro e o destino da vida cristã. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” Lc 9.23

  • Segundo, ela superou os contextos culturais que poderiam impedi-la de estar com Cristo. Ao invés dela submeter-se à opinião dos demais a seu respeito, ela simplesmente foi aos pés de Jesus. Quem é tocado pelo Reino do Céu transpõe as barreiras para continuar junto à Fonte que sacia toda a sede. O que você precisa superar para estar mais perto de Cristo? Uma fraqueza? Um vício? Um comportamento destrutivo? A opinião dos demais? Suas muitas tarefas? Escolha a melhor parte nessa manhã. Portanto, uma vez que estamos rodeados de tão grande multidão de testemunhas, livremo-nos de todo peso que nos torna vagarosos e do pecado que nos atrapalha, e corramos com perseverança a corrida que foi posta diante de nós. Hb 12.1

  • Terceiro, como resultado de sua salvação, ela serviu a Jesus com o que possuía. Suas lágrimas viraram água para os pés de Jesus e seu perfume, unguento para ungi-lo. A graça salvadora sempre nos conduzirá a servir Jesus. Deus tem o poder de usar nossas dores para a glória dEle. Os recursos que possuímos vieram dEle e nós humildemente devolvemos para Ele em forma de gratidão. O salvo disponibiliza toda sua vida ao serviço de Deus. Aqueles que andam no caminho do crucificado já não vivem para si mesmos, mas buscam com todas as suas forças agradar aquEle que nos salvou Fui crucificado com Cristo; assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Portanto, vivo neste corpo terreno pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Gl 2.20




CONCLUSÃO



Essa mulher claramente não possuía nada em sua biografia digna de louvor. Era, como nós, uma pecadora, e como tal, merecia o justo juízo de Deus por seus muitos pecados.

Mas ela creu em Jesus e recebeu a promessa do evangelho:   Ela chegou na casa pecadora, mas saiu "mulher". Ela entrou condenada por homens, mas saiu perdoada por Cristo.


Esse é o evangelho de Jesus Cristo! A boa notícia da salvação!


Deus enviou Seu Filho para nos resgatar de nossos pecados. Ele viveu uma vida perfeita diante do Pai, foi crucificado por Pôncio Pilatos, morreu uma morte romana, pendurado em uma cruz. Suportou a ira de Deus por amor do Seu povo.


Mas Deus, o Pai, o exaltou, ressuscitando-o dentre os mortos e prometendo perdoar e salvar todos aqueles pecadores que se rendem a Ele, reconhecendo-o como Senhor e Salvador.


Mas Deus assim cumpriu o que todos os profetas haviam predito acerca do Cristo, que era necessário ele sofrer essas coisas. Agora, arrependam-se e voltem-se para Deus, para que seus pecados sejam apagados. Então, da presença do Senhor virão tempos de renovação, e ele enviará novamente Jesus, o Cristo que lhes foi designado. At 3.18-20

Nós também estávamos à parte do plano de Deus, vivendo sem esperança e sem Deus em nossas vidas. Como a mulher, estávamos à parte da mesa de Jesus. Mas Ele nos perdoou e nos deu um lugar em Sua presença!


A história da mulher começou em uma mesa onde ela não pôde se assentar. Mas Cristo promete um banquete eterno onde estaremos assentados à mesa com Ele.


Ele é o Bom Anfitrião na mesa da Salvação!


  • Ele lava não apenas nossos pés, mas nossa alma, para salvação!

  • Ele não apenas unge nossa cabeça com óleo, mas nos batiza com Seu Espírito!

  • Ele não apenas nos beija, mas segura em nossa mão para concluirmos a nossa peregrinação por essa vida.


“Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e se assentarão à mesa no Reino de Deus.” Lucas 13.29

Há lugar na mesa para você! Venha aos pés de Cristo nessa manhã! A Ele a Glória para Sempre!



Pastor Sérgio Fernandes

Pastor Titular da IPR

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