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O GRANDE BANQUETE- Sermão 03/09/2025


"O sal é uma coisa útil, se perde o gosto, deixa de ser sal. É jogado fora, pois não serve mais nem para a terra nem para o monte de esterco. Se vocês têm ouvidos para ouvirem, então ouçam." 1 Lucas 14:34-35, NTLH

Introdução



Imagine receber um convite para um grande banquete de rei, a mesa está posta os pratos escolhidos a dedo, tudo pronto para a festa, mas, ao invés de alegria, os convidados começam a dar desculpas e rejeitam o convite.


O capítulo 14 de Lucas apresenta um panorama do ensino e da prática de Jesus a caminho de Jerusalém, revelando como é o Reino de Deus e qual é a resposta que Ele exige de cada pessoa, a cena começa com Jesus em um banquete na casa de um fariseu, num sábado. Ali, diante do silêncio e da dureza dos religiosos, Ele cura um homem hidrópico e mostra que a misericórdia está acima do legalismo. O Reino de Deus não se prende a regras humanas, mas se manifesta em compaixão e vida.


Jesus observa como os convidados disputavam os primeiros lugares à mesa e aproveita a ocasião para ensinar sobre a verdadeira grandeza. Ele afirma que, no Reino, quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado. Além disso, orienta o anfitrião a convidar não apenas os amigos e ricos que poderiam retribuir, mas também os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. O Reino é marcado pela humildade e pela generosidade desinteressada.


Depois, Jesus conta a parábola da grande ceia. Muitos dos convidados rejeitam o convite, ocupados com desculpas banais ligadas a negócios, posses e família. O dono da festa então abre espaço para os marginalizados e até para os de fora da cidade. A parábola revela tanto a rejeição de Israel ao Messias quanto a inclusão dos gentios, mostrando que o convite de Deus é amplo, mas não será aceito por todos, ele mostra três verdades:


  1. O Reino de Deus não cabe no legalismo.

  2. O Reino de Deus exige humildade.

  3. O Reino de Deus é um convite aberto, mas muitos o rejeitam.

  4. O Reino de Deus exige o custo do discipulado


Hoje, a pergunta é: como temos respondido ao convite de Deus?



1. Misericórdia acima do legalismo (v.1-6)


Jesus cura um homem hidrópico em pleno sábado, diante de fariseus que estavam mais preocupados em guardar regras do que em amar pessoas. Ele mostra que, para Deus, a vida e a compaixão têm prioridade sobre a tradição.


Jesus está na casa de um fariseu, num sábado. Havia ali um homem hidrópico, sofrendo. Os religiosos preferiam defender suas tradições a demonstrar compaixão. Jesus os confronta: se vocês ajudam um filho ou um animal no sábado, por que não este homem?


Quantas vezes a religião endurece o coração? Muitas pessoas ainda estão presas ao “pode” e “não pode”, enquanto ignoram a essência do evangelho: amor e misericórdia.


2. Humildade e generosidade (v.7-14)


Ao ver os convidados buscando os primeiros lugares, Jesus ensina que a verdadeira grandeza está na humildade. Ele também instrui o anfitrião a convidar os pobres e necessitados, aqueles que nada podem oferecer em troca.


Os convidados buscavam os primeiros lugares. Jesus alerta: “Quem se exalta será humilhado; quem se humilha será exaltado. Além disso, não devemos convidar apenas os que podem retribuir, mas os pobres, aleijados, cegos e coxos.


Vivemos numa sociedade obcecada por status, selfies e prestígio. Mas o Reino de Deus caminha na contramão: não é o lugar de honra que buscamos, mas o lugar de serviço.


3. O Reino de Deus é um convite aberto, mas rejeitado por muitos (v.15-24)


Na parábola da grande ceia, os primeiros convidados rejeitam o chamado com desculpas banais: negócios, propriedades e casamento. O dono da festa então chama os pobres, os marginalizados e até os que estavam fora da cidade. O convite é amplo, mas nem todos o aceitam.


Um grande banquete é preparado.

Os convidados dão desculpas:

  • “Comprei um campo.”

    • “Comprei bois.”

    • “Casei-me.”

  • Todas desculpas banais, mas reveladoras: o coração ocupado com o mundo não tem espaço para Deus.

  • O dono da casa então chama os marginalizados e, por fim, até os de fora da cidade.



Deus está chamando hoje , mas muitos rejeitam por causa da correria, do trabalho, dos prazeres, dos compromissos.

O convite do Reino é urgente: há lugar na mesa, mas o tempo está passando.


4. O custo do discipulado (v.25-35)


Jesus conclui mostrando que segui-lo exige prioridade absoluta. É preciso amá-lo acima da família, carregar a cruz e estar disposto a abrir mão de tudo. Ele alerta que o discipulado sem compromisso é como sal sem sabor: não serve para nada.


Muitos querem os benefícios do evangelho sem o peso do discipulado. Mas Jesus nos chama a uma entrega radical. Seguir a Cristo não é apenas aceitar um convite, mas viver diariamente em obediência, renúncia e fidelidade.



Conclusão


O capítulo finaliza com uma palavra sobre o discipulado, grandes multidões seguiam Jesus, mas Ele não suaviza sua mensagem: é necessário amá-lo acima da própria família, carregar a cruz e estar disposto a renunciar a tudo. Ele usa a metáfora do sal para mostrar que um discipulado sem compromisso não tem valor.


Jesus é o Senhor que traz o Reino em misericórdia, que exalta os humildes, que convida os rejeitados, mas que também exige compromisso radical daqueles que desejam segui-lo. É um capítulo que denuncia o orgulho humano, quebra barreiras sociais e aponta para a graça inclusiva de Deus, ao mesmo tempo em que chama para um discipulado sério e transformador.


O Reino de Deus é um banquete preparado, o convite já foi feito, o problema não é a mesa estar vazia, mas o coração dos convidados estar cheio de desculpas.


“Não perca o banquete eterno por causa de desculpas temporárias.”


Hoje, Cristo nos chama para sua mesa. A pergunta é:


você vai aceitar o convite ou vai dar desculpas?


“O sal que perde o sabor não serve para mais nada: não pode fertilizar a terra, nem mesmo ser usado como adubo. Só resta jogá-lo fora. Portanto, prestem bem atenção e entendam este ensino!”



DEUS TE ABENÇOE.



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Pastor Daniel Andrade

Pastor Adjunto da IPR

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